Escrito em: 2025-11-04
A Neuropsicologia é a área que cruza a Neurologia e a Psicologia, estudando a relação entre o cérebro e o comportamento humano. Analisa o funcionamento cerebral em condições normais e patológicas, como situações de acidentes graves com traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular cerebral (AVC), quadros demenciais ou perturbação de stress pós-traumático ou depressão de longa duração.
A perícia neuropsicológica avalia se existe dano neuropsíquico, através do estudo das funções cognitivas e comportamentais da pessoa, tais como: concentração, raciocínio, memória, linguagem, entre outras, que afetam a capacidade de um indivíduo compreender, decidir, agir ou responder pelos seus atos.
No contexto forense, esta avaliação constitui um procedimento fundamental para responder a dúvidas do sistema de justiça, nomeadamente:
A perícia neuropsicológica forense é crucial para confirmar défices neurocognitivos, emocionais e comportamentais em situações médico legais, tais como:
O processo é conduzido por um psicólogo especialista em neuropsicologia forense, idealmente com experiência em tribunal, que após realizar as consultas de avaliação necessárias (mínimo 2 a 3 sessões), elabora um relatório de avaliação detalhado.
Idealmente são consultas presenciais, contudo é possível fazer uma consulta presencial e as restantes online.
A metodologia inclui as seguintes etapas:
Deve ser realizada a crianças, adolescentes, adultos e idosos envolvidos em processos judiciais ou administrativos, nos quais seja necessário esclarecer se existem alterações cognitivas, comportamentais ou emocionais com implicações funcionais, legais ou sociais.
Para garantir que a avaliação é o mais completa possível, recomenda-se que:
O acompanhamento por um familiar próximo ou cuidador é recomendado na primeira fase do processo (anamnese), para fornecer informações mais precisas sobre sintomas, histórico clínico e rotinas diárias.
Apesar disto, esta presença deve ser avaliada pelo especialista, garantindo sempre os princípios de imparcialidade do exame; validade dos resultados obtidos e compreensão plena das instruções.
Em casos de acidentes graves com consequente traumatismo crânio-encefálico, reformas por invalidez ou dúvidas relativamente à capacidade testamentária, o psiquiatra forense solicita a colaboração da neuropsicologia para identificar e quantificar objetivamente os défices neurocognitivos (e.g., atenção, memória, capacidade de tomada de decisão), emocionais (e.g., depressão, ansiedade) e comportamentais (e.g., irritabilidade fácil, dificuldade de controlo de impulsos) que podem influenciar a defesa do caso.
O exame neuropsicológico auxilia o psiquiatra na análise do quadro clínico, no diagnóstico diferencial (e.g., demência vs. pseudodemência) e na definição clara e sustentada do diagnóstico final.
Na Honnus, contamos com uma equipa de peritos em Psicologia Forense, especializados na realização de avaliações neuropsicológicas independentes, adaptadas às exigências do sistema judicial.
Se acredita que a sua capacidade mental pode estar a ser posta em causa ou pretende reforçar a defesa do seu caso, entre em contacto connosco.
Invista numa avaliação neuropsicológica credível — o primeiro passo para garantir indemnizações e decisões mais justas e fundamentadas.
Neuropsicóloga Clínica & Neuroterapeuta (OPP 16061)