Escrito em: 2020-05-10
O inquérito lançado ao tecido empresarial nacional – público e privado – revelou um elevado grau de insegurança dos gestores em diversos temas médico-laborais.
O estudo feito à saúde de 400 organizações, desde micro a grandes empresas, mostrou que a grande maioria adotou o teletrabalho, incluindo metade delas de forma exclusiva. Destas empresas, mais de metade referiu não ter mecanismos para monitorizar a saúde dos seus telecolaboradores. Dados integrais já disponíveis.
Apesar da maior parte das empresas ter plano de contingência (85%), plano que é de carácter obrigatório, e de reconhecerem a sua importância, as organizações não sabem como monitorizá-lo e admitem insegurança na prevenção do contágio.
A grande maioria das empresas inquiridas referem que o seu Serviço de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) se resume a um apoio externo pontual ou é inexistente. Este facto explica as incertezas significativas, por parte dos gestores, sobre como proceder médico-legalmente em casos de infeção, isolamento profilático ou voluntário, reveladas pelo estudo.
Em suma, podemos concluir que mesmo as empresas que se presumem preparadas, não possuem toda a informação para proceder corretamente e precisam de mecanismos práticos para abordar este novo paradigma.
Médica coordenadora da Honnus